sexta-feira, janeiro 17, 2003
É tão bom dormir e ser acordada com carinho, não? E foi assim.
Dá vontade de ficar na cama pra sempre... livre do conjunto de neuroses e ansiedades e chatices que me travam vez ou outra. A gente pára de pensar nas tolices alheias, fica burra por alguns minutos e é bom, acreditem! É uma burrice quase 'produtiva' - não fosse o fato de ser homoerótica. E falo isso com tudo de bom que possa sair de mim. Por carinho, cuidado quase maternal - não fosse o fato de ser homoerótico. :)
Falei sobre o 'Lavoura Arcaica' há pouco e lembrei da cena em que a mãe, de forma muito carinhosa, acorda a criança.
Todas aquelas expectativas me fazem sentir bem. E a reciprocidade é (sempre) encantadora.
Olha o presente, lindíssimo, que ganhei para seguir com a mesma leveza que me tem feito sentir assim:
"Serei delicado. Sou muito delicado. Morro de delicadeza.
Tudo me merece um olhar. Trago
Nos dedos um constante afago para afagar; na boca
Um constante beijo para beijar; meus olhos
Acarinham sem ver..."
(Vinicius de Moraes)