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CriadoMudo
terça-feira, dezembro 03, 2002
"Minha alma estava doente, coberta de chagas, ávida de contato com as coisas sensíveis. Mas, se estas não tivessem alma, certamente não seriam amadas. Era para mim mais doce amar e ser amado se eu pudesse gozar do corpo da pessoa amada. Assim, eu manchava as fontes da amizade com a sordidez da concupiscência e turbava a pureza delas com a espuma infernal das paixões." (Vita Brevis)
Me nego a transformar meu 'depósito de imagens bonitas e palavras interessantes de terceiros' (com certa ironia, claro; isso não sairia de minha boca) em 'depósito de lamentações'. Mas estou altamente 'tepeêmica'. E sei que as pessoas sofrem com isso.
Quanto a figura abaixo, achei realmente deliciosa. Estar de tpm têm algumas 'vantagens' (rs) e acabamos por descobrir coisas interessantes. Eu adoraria poder observar pessoas, o que fazem quando sozinhas. Não é fetiche, juro. Acho gostoso, somente.
Continuo com desejo de bolinhas de licor. Alguém lembra disso?
Quero beijar na boca, de língua, comer bolinhas de licor da Kopenhagen, fumar meu Carlton Blue e ir passear com meu baby em SP, rever gente muito querida, tomar vinho tinto e dançar muito!
Hum.
Há dias não sinto vontade de escrever. Por pura TPM, juro. Tudo me parece banal e estupidamente desinteressante, mas isso passa. Até hoje não consegui achar um tratamento que continue, a longo prazo, fazendo efeito.
Mulher tinha que deixar de existir quando está pré, porque é muito chato e ninguém é obrigado a agüentar. E se não agüentam, a gente fica mais chata ainda. Mas daqui a uns 5 dias essa chatice passa e eu volto a me interessar factulamente pelas 'loucuras nossas de cada dia'. Por hora, fico por aqui.
"Para fazer compreender ligeiramente que sofro, para esconder sem mentir, vou utilizar uma hábil preterição: vou dividir a economia dos meus signos.
Os signos verbais ficarão encarregados de calar, de mascarar, de tapear: não demonstrarei nunca, verbalmente, os excessos do meu sentimento. Nada tendo dito sobre os estragos dessa angústia, poderei sempre, quando ela tiver passado, ter certeza de que ninguém terá sabido dela. Força da linguagem: com minha linguagem posso fazer tudo: até principalmente não fazer nada.
Posso fazer tudo com minha linguagem, mas não com meu corpo. O que escondo pela linguagem, meu corpo o diz. Posso modelar à vontade minha linguagem, não minha voz. Não importa o que diga minha voz, o outro reconhecerá que "eu tenho qualquer coisa". Sou mentiroso (por preterição), não comediante. Meu corpo é uma criança cabeçuda, minha linguagem é um adulto civilizado."
(Roland Barthes - Fragmentos de um discurso amoroso)
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